terça-feira, 5 de maio de 2009

dona baratinha

Liloca,
Fico feliz em saber que você passou um belo dia trabalhando com este Sr. Wolfgang Laib. Já estava pensando que se tratava de um destes botânicos que recolhem polém fossilizado para estudar onde o homem estava com a cabeça na pré-história, mas que nada, você estava se divertindo de verdade, como manda a regra.
Adoro margaridas! Adorei Mr. Laib!


Recebi uma visita inusitada daquela nossa amiga de infância, a Teodora Cristina, inusitada porque não tinha ideia de que ela estava no país, que dirá na cidade. Conversamos e rimos muito, lembranças não faltaram. Foi quando ela me lembrou o quanto gostávamos de ouvir aquele disco vinil com o musical da Dona Baratinha. Lembra?


"Quem quer casar com a Sra. Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha.

É caprichosa e quem com ela se casar terá doces todos os dias, no almoço e no jantar"


Bem depois que Teca foi embora fiquei pensando na Dona Baratinha. Na história ela ficava na frente de sua casa, de fita no cabelo, segurando a caixinha e cantando a musiquinha, ou seja, fazendo auto promoção e tentando arrumar um marido. Sr. João Ratão vê a pobre e se interessa pela oferta dos doces. A história é bem clara nesta parte, ele se interessa pelos doces.

Dona Baratinha, feliz da vida que tinha encontrado um pretendente, aceita e sai louca e desvairada para organizar todo o casamento sozinha. Dom João Ratão, que nesta altura do campeonato já se mostra um verdadeiro inútil, só aparece no dia do casório.
Para a festa, a noiva encomenda uma bela e gorda feijoada. Não é que o mongo do Ratão é atraído pelo cheiro da feijoada e cai na panela do feijão, morrendo afogado na gordura e deixando a pobre da Dona Baratinha com uma dívida enorme por ter pago todo o casamento e viúva antes mesmo de dizer sim!
O musical termina como começa, com a Baratinha novamente na porta de casa cantando sua musiquinha para atrair marido.


Lila querida, me diga, o que supostamente teríamos que aprender com esta história quando eramos crianças? E porque motivo eu gostava tanto desta história? Ela é machista, triste, o buffet para o casamento estava totalmente equivocado e a baratinha nem deu a volta por cima. Digo que ela é triste porque a barata termina sozinha e obcecada pelo fato de que a sua felicidade só será completa quando conseguir um marido. Em uma nova versão pop menos opereta da trama eu colocaria uma Joaninha cantando "Acorda Dona Barata! A felicidade esta dentro de nós e não depende de ninguém".


Fui a fundo nesta história e descobri que a Dona Baratinha foi interpretada por uma barata inglesa que morreu completamente louca achando que era a própria personagem do musical. Igualzinho aquela atriz principal do filme "E o Vento Levou". Meio trágico né?


Kisses Charlotescos.


Um comentário:

Valquíria Prates disse...

arrasou! que delícia, amei esta coisa de buffet equivocado, história absurda, adorei!!! não consigo parar de rir!
bjo, Val